segunda-feira, 30 de março de 2015

apresentação da REDE MULHER PELOTAS

Confira a fala feita pela coordenadora do CMDM durante a abertura da Audiência Pública alusiva ao Dia Internacional da Mulher. A Audiência se deu em razão da realização da Semana da Mulher de Pelotas de 2015:



O Conselho Municipal de Direitos da Mulher (CMDM) apresenta para a comunidade Pelotense a Rede Mulher, formada por vinte e uma (21) instituições. Esta composição é legitimada pela Portaria nº 002 de 12 de janeiro de 2015.


O CMDM é órgão de caráter deliberativo, consultivo, propositivo e fiscalizador de natureza permanente e composição colegiada, com representação de segmentos de instituições públicas e particulares, da sociedade civil e do poder público municipal.

Hoje a Rede Mulher Pelotas articula-se em plenárias, reuniões e capacitações sistematizadas, promovendo o intercâmbio entre as instituições com a finalidade de implementar e garantir o acesso as mulheres nas políticas públicas. Trabalhamos com base no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, que em 2015 deverá ser avaliado e provavelmente formatado, após as conferências previstas para este ano.

O CMDM é resultado do trabalho dedicado de mulheres que, em 1982, constituíram o Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas (GAMP), uma ONG que ao longo do período de restrições às liberdades em nosso país, assumiu a causa atuando na promoção e defesa dos direitos das mulheres e suas famílias.

O CMDM criado em 1992, Lei 3.552, foi reestruturado na Lei 6.078 de janeiro de 2014, após longo tempo e esforço desta coordenação e das que nos antecederam. A atual coordenação (2013/2015) conseguiu revitalizar o Conselho no Município com a atualização da Lei, ampliando as possibilidades de adesão a todas as Instituições que se dediquem a ações de promoção às mulheres; Organizando um novo Regimento Interno; Criando a Comissão de Políticas Públicas e o grupo de estudos; Organizando sua nova composição, tarefa complexa e demorada; Criando mecanismos de comunicação como um Blog, e-mail e página no Facebook; Elaborando planos anuais de trabalho e calendário de eventos; Criando um folder institucional; Elaborando a Resolução para criação do Centro de Referência no Atendimento à Mulher em situação de Violência (CRAM), tendo participado da inauguração do CRAM em 13 de Março de 2014; Participando com quinze conselheiras do Encontro Estadual de Conselhos de Direitos da Mulher em Porto Alegre, em março de 2014, com o apoio da Embrapa Clima Temperado que nos disponibilizou o transporte; Estando representadas pela OSC Gesto nas plenárias do Conselho Estadual e agora pelo GAMP; Participando do Fórum dos Conselhos Municipais; Apoiando nas capacitações realizadas pela Delegacia Especializada da Mulher/Polícia Civil e da Brigada Militar, durante a implantação da Patrulha Maria da Penha no município; Participando das atividades do GAMP e campanhas da “Frente Parlamentar dos Homens pelo fim da violência contra a mulher”; Realizando o Seminário Humanização do Nascimento; Apoiando o evento “Mulheres e Homens na perspectiva da Lei Maria da Penha”, coordenado pelo CRAM e NACA, no aniversário da Lei 11.340 em 2014 e finalmente a formatação do Observatório de Gênero e Diversidade na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que deve nos dar o suporte técnico para o monitoramento de indicadores do desempenho destas políticas no município.

Os desafios do CMDM são: Manter e fortalecer a REDE mulher; Buscar recursos e qualificar a infraestrutura; Realizar a Conferência Municipal da Mulher; Mobilizar para eleições da Coordenação em abril de 2015; Acompanhar e promover as atividades das instituições que compõe a REDE Mulher; Acompanhar a criação de conselhos municipais na região do Corede Sul, missão do GAMP com o Conselho Estadual; Oferecer cursos de capacitações em Políticas para as Mulheres; Apoiar as Campanhas Pelotas sem Medo da UFPel e Contra o Assédio No Trabalho da Embrapa; e acompanhar as metas do PNPM sobre igualdade de gênero e valorização da mulher.





sexta-feira, 27 de março de 2015

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ELEIÇÃO DO CMDM

                                      
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
 ELEIÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA MULHER – PELOTAS,RS


A Comissão Eleitoral, conforme arts. de nº 25 a 28 do Regimento Interno deste Conselho Municipal dos Direitos da Mulher-CMDM, CONVOCA PARA O PROCESSO ELEITORAL na Casa dos Conselhos, Rua Três de Maio, nº 1060, nesta cidade.

Este processo se dará em 2 ( dois) momentos:

                                   Primeiro: cada entidade integrante deste Conselho deverá atualizar a sua representação, indicando titular e suplente, através de carta indicativa até o dia 22 de abril, às 17 horas a ser entregue na Casa dos Conselhos.
                                    Segundo: no dia 28 de abril às 14 horas, acontecerá a plenária eletiva, em primeira chamada e, às 14 horas e 30 min. em segunda e última chamada com a apresentação das chapas candidatas e de suas propostas em plenária, seguido da eleição da Diretoria Executiva.

                                     Todas as Instituições que compõe a Portaria 002 de 12 de janeiro de 2015, estão aptas a votar e serem votadas.

Pelotas, 24 de março de 2015.

Presidente da Comissão Eleitoral: Lucia Christ

Membros: Vivian Polidori

Margarete Pandolfo

quarta-feira, 25 de março de 2015

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ELEIÇÕES 2015



Prezadas conselheiras!

A Comissão eleitoral solicita a retirada do Edital de Convocação para Eleições desde Conselho, na Casa dos Conselhos, com a secretária Michele (manhã), no ato você deve assinar o protocolo de recebimento, para controle. Favor retirar este documento até o dia 27 de março para cumprirmos o prazo de divulgação estabelecido no regimento interno.
Agradeçemos o apoio.
Comissão Eleitoral:
Lúcia Christ, Vivian Polidori. Margarete Pandolfo.

terça-feira, 24 de março de 2015

Plenária do CMDM de março


CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA MULHER
LEI Nº 6.078, DE 07 DE JANEIRO DE 2014


Plenária do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher - CMDM

Prezada Amiga (o), Conselheira(o) e/ou Mobilizador(a) Social:
Acontecerá no dia 24 de MARÇO a Plenária do CMDM, com a primeira chamada prevista para 14 horas e segunda chamada às 14h15min, na Casa dos Conselhos, situada na Rua Três de Maio, nº 1060.
Em caso de impedimento, solicitamos a presença da suplência para representação de sua instituição. Na ausência do titular e suplência, solicitamos a justificativa da falta nos termos regimentais. Anexamos cópia da Portaria nº 002 de 12 de janeiro de 2015, que legitima o comprometimento de todo(a)s com as ações deste Conselho.

Pauta:
-Correspondências e convites (Capão do Leão, Cetres, Quilombo do Algodão);
-Avaliação da Semana da Mulher 2015;
-Aprovação do Plano de ação 2015;
-Composição da Comissão eleitoral;
-Informes.

Pelotas, 19 de março de 2015.

Diná Lessa Bandeira - Coordenadora do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher
Tais Costa - Vice Coordenadora do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher
Maria das Graças Gonçalves - Secretária do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher

segunda-feira, 23 de março de 2015

Lançamento da campanha contra o assédio no trabalho



Em virtude das atividades da Semana da Mulher de Pelotas foi lançada a campanha “Assédio: você não pode ficar calado”. A campanha visa combater o assédio no ambiente de trabalho. 


"A ação contra o assédio sexual não é uma luta de mulheres contra homens. Ela é uma luta de todos, inclusive de todos os homens que desejam um ambiente de trabalho saudável.Por um mínimo de coerência, não se pode, por um lado, defender os princípios de igualdade e justiça e, por outro lado, tolerar, desculpar ou até mesmo defender comportamentos que agridam a integridade das mulheres e dos homens. Derrotar a prática do assédio sexual no trabalho é parte integrante da luta pela igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres.”

A campanha visa combater tanto o assédio moral quanto o sexual dentro do ambiente de trabalho e foi lançada em atividade especial dia 11 de março, na sede da Embrapa Clima Temperado (ECT). Dia 17 de março, ela foi lançada oficialmente para todos os funcionários.


A campanha foi idealizada pelo Comitê de Pró-equidade de Gênero e Diversidade, grupo de trabalho de Ética e Clima Organizacional e pelo Setor de Gestão de Pessoas da ECT.

Você pode encontrar mais informações sobre assédio nesse documento da Embrapa



quinta-feira, 19 de março de 2015

1º Congresso de Negros e Negras de Pelotas





           “Congresso, termo originário da língua latina, com o sentido de caminhar, é um encontro de indivíduos que se unem com um objetivo conjunto, o de enfocar certos tópicos, transmitir artigos ou textos especialmente preparados para esta ocasião, expor proposições ou realizar um intercâmbio de conhecimentos”.  

Este Congresso foi pensado e articulado  por organizações como o Núcleo de Educadoras e Educadores Negros, Frente Negra Pelotense, Movimento Hip Hop, Rasta Sul, Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos tradicionais de Matriz Africana, Coletivo Giamarê, Fórum dos Conselhos Municipais de Pelotas, Conselho Municipal da Comunidade Negra de Pelotas, Ong Olojukan e pessoas que percebem como importante que tenhamos unidade em algumas lutas. 

Definimos como importante o comprometimento e a transparência do maior objetivo deste momento, agregar a todos e todas na luta do enfrentamento contra o racismo e constituímos o comitê organizador do 1º Congresso de negros e negras de Pelotas.

          Este Congresso é importante por se constituir como um espaço de integração de toda a reflexão sobre a experiência negra em Pelotas, neste sentido, é um evento que nos inspira e auxilia a entender nossa realidade local e por consequência regional onde temos um expressivo contingente da população negra.

        Cientes de que todas as instituições já citadas e as que se somam neste momento, atuam no combate ao racismo, preconceito e discriminação racial, congregando as diferentes vertentes políticas, educacionais, culturais e sociais, comprometidas com temas de interesse da população negra, consideramos ser importante trazer para a pauta deste Congresso como fio condutor das nossas reflexões, a abordagem da temática “TERRA, TERRITÓRIO E TERRITORIALIDADE”, por compreendermos que nossa finalidade é o fortalecimento dos interesses e exercício da cidadania da população negra deste município.

         Os Temas que seguem, serão discutidos e definirão propostas que serão encaminhadas ao Executivo e Legislativo de Pelotas, são eles: Educação, Saúde, Habitação, Cultura, Tradição de Matriz Africana, Segurança, Gênero, Trabalho e Renda.

            Comitê Organizador

quarta-feira, 18 de março de 2015

Pelotas passa a contar com Juizado

Matéria retirada do site do jornal Diário da Manhã, publicada no dia 12 de março

Pelotas passa a contar com um novo Juizado criado para atender os casos relacionados à Lei Maria da Pena. Através da Lei nº 14.496 de 2 de abril de 2014, o Juizado Especial da Violência Doméstica foi instalado em uma cerimônia oficial no Salão do Júri do Foro da Comarca de Pelotas. Em seu discurso, o juiz Christian Karan da Conceição, responsável pela nova unidade, destacou que pretende estabelecer a cultura da não-violência para proporcionar dias melhores a todas às Marias.

A prefeita em exercício, Paula Mascarenhas, participou do ato e cumprimentou a iniciativa do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. “O novo juizado será fundamental para combater a desigualdade e o preconceito. Todas as instituições devem se unir para mudar essa preocupante realidade e cumprir os seus papéis na busca”, disse. Paula destacou a iniciativa da Prefeitura, que em maio de 2014, inaugurou um Centro de Referência Especializado de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, que atua em conjunto com a Delegacia da Mulher, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e do Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas (Gamp).

“O novo juizado será fundamental para combater a desigualdade e o preconceito. Todas as instituições devem se unir para mudar essa preocupante realidade e cumprir os seus papéis na busca”, disse a vice-prefeita Paula Mascarenhas
“O novo juizado será fundamental para combater a desigualdade e o preconceito. Todas as instituições devem se unir para mudar essa preocupante realidade e cumprir os seus papéis na busca”, disse a vice-prefeita Paula Mascarenhas

O Foro da Comarca de Pelotas é o sexto a receber um juizado especial para tratar especificamente dos processos relacionados à violência doméstica. Na tarde desta quarta-feira um novo juizado também foi instalado no município de Rio Grande. As instalações integram a Semana da Justiça pela Paz em Casa, promovida pela Ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Participaram da cerimônia o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Desembargador José Aquino Flôres de Camargo, o Juiz de Direito e Diretor do Foro da Comarca de Pelotas, Gerson Martins, o Corregedor-Geral da Justiça, Desembargador Tasso Caubi Soares Dalabary, além de autoridades das Polícias Civil e Militar, da Defensoria Pública, da Procuradoria Geral do Município, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Câmara de Vereadores e do Ministério Público.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Lugar das Mulheres no Mercado de Trabalho: Setores de atividade e estrutura ocupacional

Artigo retirado do site do Instituto Adolpho Bauer
No longo período de tempo compreendido entre 1970 e 2007, os padrões de localização dos trabalhadores e das trabalhadoras no mercado de trabalho apresentaram algumas alterações. No último ano da série, a indústria – aqui incluídas a de transformação e de construção civil -, e o agropecuário, seguidos do comércio, nessa ordem, concentraram a ocupação masculina.Em relação a 1970, registrou-se uma inversão, o agropecuário perdendo terreno em favor da indústria: 51% dos ocupados trabalhavam no agropecuário e 20% na indústria, em 1970, versus 21,5% e 27,2%, respectivamente, em 2007. No caso das trabalhadoras, os serviços – aqui inclusos alojamento e alimentação, educação, saúde e serviços pessoais, serviços domésticos e outros serviços coletivos, sociais e pessoais¹- mantêm-se como áreas privilegiadas de inserção das mulheres no mercado de trabalho, mesmo que, no decorrer do longo período aqui considerado, venha se dando uma diminuição da ocupação feminina, que, concomitantemente, se diversificou. Assim, em 1970, 54,9% das ocupadas o eram nos serviços e no setor social, em 1998, 47,5%, em 2002, 44,1% e, em 2007, 43,6%.
Ressalve-se que, a partir de 1992 o IBGE – Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ampliou o conceito de trabalho adotado em seus levantamentos, o que contribuiu para a maior visibilidade do trabalho feminino. Além disso, a partir do Censo de 2000, com a CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas, que adota novas desagregações dos setores e seções de atividade , pôde-se esclarecer o peso de algumas atividades na ocupação feminina e diferenciá-la, por comparação, do padrão masculino. É assim que, por exemplo, na prestação de serviços, em 2007, 16,4% das ocupadas e cerca de 1% dos ocupados executavam serviços domésticos. Ou ainda, 16,9% das mulheres estavam exercendo atividades na área de educação, saúde e serviços sociais contra apenas 3,6% dos homens. E essas proporções são assemelhadas às de 2002.
Mas quais são as profissões desenvolvidas pelos brasileiros e pelas brasileiras?
Analisando a matriz ocupacional de todos os trabalhos desempenhados pelos brasileiros e brasileiras, entre os anos 1998 e 2007, dois movimentos igualmente importantes podem ser identificados². O primeiro diz respeito a um padrão de inserção profissional segundo o sexo que tendeu a se repetir em 2002 e 2007, denotando uma clara segmentação quanto às áreas de atuação profissional de homens e de mulheres. Cerca de 1/3 destas, por exemplo, desenvolviam profissões dos serviços, um pouco mais de 10% em atividades de vendas no comércio, igual proporção em serviços administrativos. A proporção de trabalhos femininos relativos à agropecuária, porém, decresceu no período, acompanhando a queda da ocupação geral no setor: de 16,5% em 2002, para 13,8% em 2007. Quer dizer, os dados informam que para o grosso do contingente feminino, as chances de trabalhar são maiores em determinados setores econômicos – principalmente o setor de Prestação de Serviços – , e em grupos de ocupações típicos desse setor, nos quais sua presença já é tradicional, como professoras, pessoal de enfermagem, secretárias, recepcionistas. Representam, portanto, continuidades no padrão de ocupação das mulheres.
Os homens, por seu lado, têm maiores chances em trabalhos de produção de bens e serviços industriais, de reparação e manutenção ( cerca de 33%), em profissões da agropecuária ( pouco mais de 20% e também decrescente no período), de vendas ( 11%), em profissões técnicas de nível médio ( próximo dos 7%).
O segundo movimento é a ampliação do leque profissional das mulheres nos últimos 40 anos, de forma inquestionável e contínua, que se deve, entre outras razões, ao aumento da sua escolaridade e à diversificação das suas escolhas educacionais ( Veja série Mulheres brasileiras, educação e trabalho). Os órgãos de imprensa nos lembram desse movimento com freqüência, ao localizarem algumas “pioneiras” , p.ex., pilota comercial, reitora de universidade, presidenta de banco ou de grande empresa, militar, deputada,senadora ou vereadora, mas também mecânica de automóvel, atleta, tratorista, condutora de ônibus ou caminhão etc. As informações trazem indícios que ratificam esse cenário. É crescente a participação feminina, particularmente nas profissões de nível superior das ciências e das artes ( 7,9% em 1998, 8,3% em 2002 e 9,5% em 2007) e, embora menos expressiva, em cargos dirigentes como membros superiores do poder público, gerentes e diretores de empresas ( de 3,5% em 1998 para 4,2% em 2007). Esses números adquirem maior poder explicativo quando comparados à ocupação masculina, estável em torno dos 4,5% a 5% nos dois grupos de ocupação mencionados, durante todo o período analisado.
Para observar mais de perto esses dois padrões de gênero nas profissões, classificamos as famílias ocupacionais (agregados de ocupações) em faixas de maior ou menor presença feminina, pelo montante de empregos formais destinados às mulheres, em 2007 e , dentre cada faixa selecionamos profissões femininas mais e menos tradicionais.
Assim, entre as famílias ocupacionais em que mais de 70% dos empregos são femininos, estão, p.ex., profissões de diversos níveis de qualificação, em que a presença da mulher já é tradicional, como as Fonoaudiólogas ( 96%), as Nutricionistas (94%), as Professoras de nível superior do ensino fundamental de 1ª a 4ª séries ( 82,5%), as Técnicas em Biblioteconomia ( 77%), as Cozinheiras ( 72,5%), as Biólogas e afins ( 71%).
Naquelas famílias em que, entre 50 e 69% dos empregos são femininos, encontramos profissões tradicionalmente femininas, p.ex., Técnicas em Administração ( 55%), trabalhadoras da preparação da confecção de calçados ( 51%), ao lado de outras que vêm se feminizando celeremente, como Farmacêuticos ( 68%), Técnicos em Turismo ( 62%), Cirurgiões-Dentistas ( 59%). Finalmente, na outra ponta, entre as famílias ocupacionais em que menos de 30% dos empregos são femininos- podendo ser consideradas redutos masculinos- podemos encontrar:- a presença feminina mais disseminada, entre outros, junto aos Artistas de circo ( 29%), os Peritos criminais ( 27%), os Catadores de materiais recicláveis ( 22%), os Engenheiros civis e afins ( 18%) e, – menos visível entre os trabalhadores de apoio à agricultura ( 13,5%), os Técnicos em pecuária ( 11,5%), os Engenheiros mecânicos ( 6%), os Motoristas de ônibus urbanos, metropolitanos e rodoviários ( 1%).
¹Até 1998, essas atividades encontravam-se agregadas em “prestação de serviços’ e “social”. Com a adoção da CNAE- Classificação Nacional de Atividades Econômicas, em 2000, o IBGE pôde desagregá-las nas categorias enunciadas. A comparação com anos anteriores ficou impossibilitada em função das mudanças na agregação da categorias, reduzindo a presente série a 10 anos. O ano de 1998 foi estimado a partir das proporções do Censo 2000.
² Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações – Domiciliar ( CBO-domiciliar),utilizada pelo IBGE, desde 2000. Esta série histórica remonta a apenas 10 anos devido à adoção dessa nova classificação de ocupações, o que descontinuou a possibilidade de comparação com anos anteriores. O ano de 1998 foi estimado a partir das proporções encontradas no Censo de 2000.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 registrou 485 mil ligações em 2014

Desde que o serviço foi criado em 2005, foram mais de 4 milhões de atendimentos
Em 2014, a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 realizou 485.105 atendimentos, uma média de 40.425 atendimentos ao mês e 1.348 ao dia. Desde a criação do serviço em 2005, foram mais de 4 milhões de atendimentos.
Em comparação a 2013, o Ligue 180 registrou, em 2014, aumento de 50% nos registros de cárcere privado de mulheres, uma média de 2,5 registros/dia. No caso de estupros denunciados, o aumento foi de 18%, uma média de três denúncias/dia. A violência sexual contra a mulher, que inclui estupros, assédios e exploração sexual, cresceu 20% em 2014, uma média de quatro registros/dia.
Ampliação – O Ligue 180 a partir de hoje é ampliado para mais 13 países: França, Estados Unidos, Inglaterra, Noruega, Guiana Francesa, Argentina, Uruguai, Paraguai, Holanda, Suíça, Venezuela, Bélgica e Luxemburgo. A Central já atende Espanha, Itália e Portugal.
Em 2014, do total de 52.957 denúncias de violência contra a mulher, 27.369 corresponderam a denúncias de violência física (51,68%), 16.846 de violência psicológica (31,81%), 5.126 de violência moral (9,68%), 1.028 de violência patrimonial (1,94%), 1.517 de violência sexual (2,86%), 931 de cárcere privado (1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%).
 

Com relação ao perfil do usuário do Ligue 180, é importante registrar que o serviço é majoritariamente procurado pelo sexo feminino (85,80%). Em sua grande maioria (80%), as mulheres relatam violências praticadas por homens (companheiros, cônjuges, namorados, amantes) com os quais mantêm ou mantiveram algum vínculo afetivo (82,53%). As denúncias restantes estão relacionadas a relações familiares (11,20%), relações externas (5,93%) e homoafetivas (0,34%).
Registros de atendimentos - A comparação entre a população feminina das unidades federativas e o número de registros de atendimento no Ligue 180 permite concluir que o município de Campo Grande, onde a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM-PR) inaugurou, em 03 de fevereiro último, a primeira Casa da Mulher Brasileira, é a capital com a maior taxa de ligações, seguida por Brasília (DF) e Vitória (ES).
Por Estado, o Distrito Federal foi o que mais procurou o Ligue 180 (158,48%), seguido de Mato Grosso do Sul (91,61%), Rio de Janeiro (91,18%), Espírito Santo (85,59%) e Amapá (82,93%).  Em 2014, a Central de Atendimento à Mulher atendeu às 27 unidades da Federação e a 3.853 dos 5.570 municípios brasileiros (69,1%).
Já entre os 30 primeiros municípios que mais procuraram o Ligue 180 em 2014, proporcionalmente à respectiva população feminina, estão aqueles com menos de 20 mil habitantes. Salvador das Missões (RS), Amapá (AP) e Gabriel Monteiro (SP) ocupam as primeiras posições entre os que mais recorreram ao serviço. Destaque-se que o número de habitantes atendidos na zona rural brasileira quadruplicou ano passado em relação a 2013.
Em 2014, contudo, houve um aumento  na procura do serviço por homens (de 13%, em 2013, para 14%). Foram registrados 7.518 atendimentos a pessoas do sexo masculino, que relataram episódios de violência contra mulheres. Mas são as mulheres que mais denunciam a violência da qual são vítimas (70,75%) na Central de Atendimento. Em seguida vêm os vizinhos (6,54%), as mães (3,38%), os irmãos das vítimas (2,72%) e outros (16,61%).
Os relatos das vítimas revelam que a violência tem início logo no primeiro ano de convivência do casal (23,51%) ou de um até cinco anos (23,28%). Dos atendimentos registrados em 2014, 80% das vítimas tinham filhos, sendo que 64,35% deles presenciavam a violência,  e 18,74% eram vítimas diretas juntamente com as mães.
Papel da mídia - Ressalte-se a importância da divulgação do Ligue 180 por meio da mídia: 62% das usuárias do serviço declararam ter tomado conhecimento da Central por TV, rádio, jornal  ou internet. Só a TV foi responsável por 47% da procura pelos serviços da rede 180 em 2014, o dobro em relação ao ano anterior.

Veja a matéria no site da SPM

 

terça-feira, 10 de março de 2015

Convite para o painel “Construindo a Paz em Casa”

O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania e o Juizado Especial da Violência Doméstica e Familiar da Comarca de Pelotas estão se integrando à Semana da Justiça pela Paz em Casa, mobilização promovida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e pelos demais Tribunais do Brasil.


A mobilização ocorrerá na semana de 9 a 13 de março, ocasião em que serão realizadas 32 audiências pelo Juizado Especial da Violência Doméstica e Familiar da Comarca de Pelotas, tratando de casos de violência doméstica e familoiar, além de evento educativo e informativo com o propósito de difundir a promoção da paz e do respeito no ambiente doméstico.


Para este fim, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania e o Juizado Especial da Violência Doméstica e Familiar da Comarca de Pelotas promoverão o painel“Construindo a Paz em Casa”, a realizar-se no dia 11 de março, às 19h30min, na Escola Estadual Cassiano do Nascimento (Avenida Dom Joaquim, nº 671, bairro Três Vendas, Pelotas, RS).


Na ocasião, serão prestadas informações aos estudantes e à comunidade escolar sobre formas de solução pacífica de conflitos no ambiente doméstico, bem como sobre as medidas de prevenção, proteção e punição oferecidas pela Lei Maria da Penha.


O painel será integrado por Marcelo Malizia Cabral (Juiz de Direito e Coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Comarca de Pelotas), Christian Karam da Conceição (Juiz de Direito do Juizado da Violência Doméstica e Familiar de Pelotas), Ana Paula Henrique de Campos e Vera Maria Correa (ambas mediadoras familiares do TJRS) e por representantes da Delegacia de Mulher e da Secretaria de Justiça Social e Segurança de Pelotas.




Semana da Justiça pela Paz em Casa - O Poder Judiciário do Rio Grande do Sul integrará em conjunto com Tribunais do Brasil uma mobilização pela resolução de casos de violência doméstica, denominada Semana da Justiça pela Paz em Casa.


O objetivo da medida proposta pelo STF é de que as varas criminais, juizados especializados e Tribunais do Júri priorizem o julgamento de casos de violência doméstica, principalmente aqueles que envolvam homicídio, entre os dias 9 e 13/3.


Contatos - O atendimento no CEJUSC de Pelotas é realizado de segundas a sextas-feiras, das 9h às 18h, na sala 706 do Foro de Pelotas, 7.º andar, na Avenida Ferreira Viana, n.º 1134, telefone (53) 32794900, ramal 1737, e-mail cejuscplt@tj.rs.gov.br


O Juizado Especial da Violência Doméstica de Pelotas atende de segundas a sextas-feiras, das 9h às 18h, na sala 217 do Foro de Pelotas, 2º andar, telefone (53) 32794900, ramal 1205.