quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Santa Catarina adere ao ‘Mulher Viver sem Violência’, que completa cobertura no Sul do país


Ministra Eleonora anunciará local de construção da Casa da Mulher Brasileira, em Florianópolis, e doará dois ônibus que percorrerão áreas rurais 

O ciclo de adesões ao programa ‘Mulher, Viver sem Violência’ se completa na região Sul com a incorporação de Santa Catarina ao programa do governo federal, na próxima quinta-feira (05/12), às 9h, na capital.  A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), firmará cooperação com o governo estadual, a prefeitura de Florianópolis, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público de Santa Catarina e a Defensoria Pública Estadual.
Na solenidade, a ministra Eleonora entregará duas unidades móveis para o atendimento às mulheres em situação de violência no campo e na floresta. São ônibus preparados para circular em locais de difícil acesso, que levarão serviços públicos e facilitarão o acesso das mulheres a direitos, inclusive à Lei Maria da Penha. Esta entrega é um retorno à demanda da Marcha das Margaridas, de 2011, para mais atenção do governo federal ao enfrentamento da violência doméstica e sexual nas áreas rurais.
O ato terá a presença da secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves; da coordenadora estadual de Mulher e gestora estadual do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Jane Maria Schmidt, entre outras autoridades.
Com Santa Catarina, a região Sul estará coberta pelo programa: em julho, foi a vez do Paraná, e setembro, do Rio Grande do Sul. Estão programadas, mais duas adesões para este mês: Mato Grosso do Sul (09/12) e Piauí (18/12).

Casa da Mulher Brasileira – Este espaço integrará serviços públicos de segurança pública, justiça, assistência psicossocial, orientação para o trabalho e emprego e alojamento de passagem. No evento de adesão de SC ao ‘Mulher, Viver sem Violência’, a ministra Eleonora anunciará o local de construção da Casa da Mulher Brasileira, em Florianópolis, em terreno da União.
Lançado em março deste ano, pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e pela ministra Eleonora, o programa possui outros quatro eixos estratégicos: transformação da Central de Atendimento à Mulher- Ligue 180 em disque-denúncia; organização dos serviços na saúde e na coleta de vestígios de crimes sexuais em parceria com os ministérios da Saúde e da Justiça; criação de sete centros de atendimento em fronteiras secas para enfrentar o tráfico de mulheres (fronteira do Brasil com Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela); e campanhas continuadas de comunicação para prevenção da violência.
Mudança de mentalidade - Três campanhas que abordam questões da violência contra a mulher estão em operação: ‘Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha’ e ‘Desperte para essa causa. Mulher, viver sem violência’ alertam para a gravidade do fenômeno e a busca de adesão para o fim da impunidade. Já ‘Quem Ama Abraça – Fazendo Escola’ pretende engajar crianças, jovens e escolas para a mudança de comportamentos frente à violência de gênero, com programação a ser desenvolvida ao longo de 2014.


Ousadia nas políticas públicas - O ‘Mulher, Viver sem Violência’ tem orçamento de R$ 305 milhões, sendo R$ 116 milhões destinados à construção e reforça de prédios para sediar a Casa da Mulher Brasileira, uma em cada capital, e R$ 40 milhões para a aquisição e manutenção de 54 unidades móveis, duas por unidade federativa.
Estão previstos sete barcos – um para cada estado da região Norte – a fim de atender as mulheres das águas. Essa necessidade foi apresentada pelas lideranças da sociedade civil, em outubro, durante visita da ministra Eleonora à região para adesão ao programa.

Adesão pelo Brasil - Com o estado catarinense sobe para 17 a quantidade de unidades federativas envolvidas com o ‘Mulher, Viver sem Violência’: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
São também 17 as unidades federativas que já receberam, cada uma, a doação de duas unidades móveis para circulação em áreas rurais: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. 
Cronograma e demais itinerários da circulação dos ônibus nas áreas rurais de Santa Catarina estão sendo organizados pelo governo estadual e pelo Fórum Estadual de Mulheres do Campo e da Floresta, contando com o apoio da SPM, do Fórum Nacional e da coordenação da Marcha das Margaridas.

Faces da violência em SC – Com população de 6,2 milhões de habitantes, a feminina corresponde a 50,4% do total. Estado e capital ocupam a 25ª posição em assassinato de mulheres, com taxa de 3,5 e 3,2 homicídios de mulheres, respectivamente, conforme o Mapa da Violência de 2012, do Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos (Cebela).
Cinco municípios catarinenses figuram entre os 100 mais violentos: Lages (17º), Mafra (45º), Criciúma (83º), Balneário Camboriú (89º) e Chapecó (91º).
De janeiro a junho deste ano, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da SPM, alcançou a cobertura de 39% - 116 dos 294 municípios.

Adesão de Santa Catarina ao ‘Mulher, Viver sem Violência’
Entrega de Unidades Móveis para Mulheres em Situação de Violência no Campo e na Floresta
Data: 5 de dezembro de 2013 (quinta-feira)
Horário: 9h
Local: Cinema do CIC - Centro Integrado de Cultura (Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica) – Florianópolis/SC

Assessoria de Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR
61 3313 7061 / 7074 / 7406
 



Nenhum comentário:

Postar um comentário