Fonte: http://fld.com.br |
No dia 28/11/13, participamos da iniciativa de organizar a representação
de um ambiente doméstico com vestígios de violência no centro da cidade.
Organizada pelo CAPA, Fundação Luterana de Diaconia, Vereador Beto da Z3 e
Miriam Marroni, foi uma excelente oportunidade de mostrar às mulheres que
sofrem algum tipo de violência que não estão sozinhas. Oportunidade que muitas
aproveitaram para se manifestar e pedir ajuda.
Representamos o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e estávamos
presente, eu, Taís Costa, Caroline Velloso e Mariângela Gonzales. Falei em nome
da coordenação executiva e transcrevo aqui a reflexão que fiz em minha fala
para que possamos continuar esse debate.
“O Conselho de Direitos da Mulher faz parte de toda uma caminhada da
sociedade e da mulher a mais ou menos três décadas no Brasil, de organização
civil e governamental para fazer frente à necessidade da garantia dos direitos
da mulher.
Nesta gestão, estamos procurando atualizar a Lei que rege o nosso Conselho
e no momento aguardamos a regularização desta pela prefeitura municipal. E
estamos nos inteirando cada vez mais da situação da mulher em Pelotas.
A violência, a desvalorização e submissão da mulher ainda persistem hoje
porque ainda temos em nossa sociedade a dominação patriarcal, que registrada em
nosso inconsciente, ainda faz com que os homens se sintam donos da “sua” mulher,
que assume “seu” sobrenome, é a mãe dos “seus” filhos, mora na “sua“ casa e
muitas vezes é sustentada por ele, ou, mesmo que trabalhe tem que ganhar menos
do que ele. E se isso não acontece, muitas vezes, ele desiste de trabalhar para
que ela seja a provedora financeira, mas mesmo assim continua a dominação pois
ele frustrado, chega em casa do bar alcoolizado e muitas vezes apela a
agressões físicas ou psicológicas.
Para que esta situação mude, precisamos mudar nosso padrão de pensamento
e o de nossa sociedade. As mulheres evoluíram muito e seus direitos também,
tanto que hoje temos uma presidenta, mas os fatos mostram que ainda precisamos
evoluir muito mais. E para que isto aconteça mais depressa precisamos aprender
a trabalhar em rede, juntando forças e organização. Assim poderemos ajudar mais
mulheres, sabendo com quem contamos e nos sentindo mais fortalecidos em nossa
luta.
Parabéns às entidades que organizaram a casa “Nem Tão Doce Lar”!
Parabéns à Fundação Luterana de Diaconia pelo trabalho! Li suas publicações
entregues na exposição e percebi a riqueza e dimensão do que fazem .
Contem conosco e se aliem a nós cada vez mais! Há muito a fazer ainda!
Parabéns a todas as entidades que participaram e apoiaram. Estamos à
disposição no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. Muito obrigada!
Maria
das Graças Gonçalves - Secretária Executiva
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