terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Participação no projeto “Nem tão doce lar”

Fonte: http://fld.com.br


No dia 28/11/13, participamos da iniciativa de organizar a representação de um ambiente doméstico com vestígios de violência no centro da cidade. Organizada pelo CAPA, Fundação Luterana de Diaconia, Vereador Beto da Z3 e Miriam Marroni, foi uma excelente oportunidade de mostrar às mulheres que sofrem algum tipo de violência que não estão sozinhas. Oportunidade que muitas aproveitaram para se manifestar e pedir ajuda.
Representamos o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e estávamos presente, eu, Taís Costa, Caroline Velloso e Mariângela Gonzales. Falei em nome da coordenação executiva e transcrevo aqui a reflexão que fiz em minha fala para que possamos continuar esse debate.
“O Conselho de Direitos da Mulher faz parte de toda uma caminhada da sociedade e da mulher a mais ou menos três décadas no Brasil, de organização civil e governamental para fazer frente à necessidade da garantia dos direitos da mulher.
Nesta gestão, estamos procurando atualizar a Lei que rege o nosso Conselho e no momento aguardamos a regularização desta pela prefeitura municipal. E estamos nos inteirando cada vez mais da situação da mulher em Pelotas.
A violência, a desvalorização e submissão da mulher ainda persistem hoje porque ainda temos em nossa sociedade a dominação patriarcal, que registrada em nosso inconsciente, ainda faz com que os homens se sintam donos da “sua” mulher, que assume “seu” sobrenome, é a mãe dos “seus” filhos, mora na “sua“ casa e muitas vezes é sustentada por ele, ou, mesmo que trabalhe tem que ganhar menos do que ele. E se isso não acontece, muitas vezes, ele desiste de trabalhar para que ela seja a provedora financeira, mas mesmo assim continua a dominação pois ele frustrado, chega em casa do bar alcoolizado e muitas vezes apela a agressões físicas ou psicológicas.
Para que esta situação mude, precisamos mudar nosso padrão de pensamento e o de nossa sociedade. As mulheres evoluíram muito e seus direitos também, tanto que hoje temos uma presidenta, mas os fatos mostram que ainda precisamos evoluir muito mais. E para que isto aconteça mais depressa precisamos aprender a trabalhar em rede, juntando forças e organização. Assim poderemos ajudar mais mulheres, sabendo com quem contamos e nos sentindo mais fortalecidos em nossa luta.
Parabéns às entidades que organizaram a casa “Nem Tão Doce Lar”! Parabéns à Fundação Luterana de Diaconia pelo trabalho! Li suas publicações entregues na exposição e percebi a riqueza e dimensão do que fazem .
Contem conosco e se aliem a nós cada vez mais! Há muito a fazer ainda!
Parabéns a todas as entidades que participaram e apoiaram. Estamos à disposição no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. Muito obrigada!

Maria das Graças Gonçalves - Secretária Executiva

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