O
programa é voltado para empresas médias e grandes, ou seja, que possuam, no
mínimo, 150 trabalhadoras e trabalhadores. As empresas e organizações
interessadas devem, obrigatoriamente, ter identidade jurídica própria. As
inscrições foram prorrogadas até o dia 30 de agosto de 2013 e podem ser feitas
pelo e-mail proequidade@spm.gov.br.
A
inscrição no programa e a participação na oficina são os primeiros passos para
que a empresa, privada ou pública, inicie a sua participação no programa, que
será formalizada por meio de termo de adesão e compromisso na elaboração de
plano de ação com metas voltadas à valorização de profissionais e à promoção da
igualdade nas relações de trabalho. As organizações que se inscreverem na 5ª
edição do programa participarão, em 28 de junho de 2013, de oficina em
Brasília. Na ocasião, serão apresentadas as etapas do Pró-Equidade de Gênero e
Raça e resultados das quatro edições anteriores.
Liderado
pelo governo federal, por meio da SPM, o programa tem apoio da Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), da ONU Mulheres (Entidade
das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres) e da
Organização Internacional do Trabalho (OIT). Desde 2005, quando foi criado, o
programa atingiu direta ou indiretamente cerca de 900 mil funcionárias e
funcionários - 45% mulheres e 55% homens. A maioria delas possui remuneração
equivalente a um ou dois salários mínimos (até R$ 1.352,00), representando 53%
dos trabalhadores nessa faixa salarial. Nas empresas que participaram das
edições anteriores, foi possível perceber que quanto maior o salário, menor é a
proporção e mulheres. Apenas 26% delas recebem 25 salários mínimos ou mais (a
partir de R$ 16.950,00), ou seja, a remuneração masculina é quase três vezes
maior, comparativamente, à das mulheres.
As
organizações participantes do Pró-Equidade de Gênero e Raça chegam a apresentar
quase três vezes mais mulheres em cargos executivos do que as que ainda não
aderiram. Enquanto, dentro do programa, as mulheres ocupam 40% das posições de
comando e decisão, homens são 59%. De acordo com pesquisa Ethos/Ibope, em 2010,
as executivas somavam apenas 14% e os homens ocupavam 86% dos cargos.
Mudança
na cultura organizacional - O programa tem três pilares: promoção da
cidadania e combate à discriminação no acesso, remuneração, ascensão e
permanência no emprego de mulheres e homens; compromisso com a igualdade entre
mulheres e homens e racial priorizando a gestão de pessoas e a cultura
organizacional da empresa ou organização; e difusão de práticas exemplares
entre as empresas e instituições que promovam a igualdade de oportunidades
entre mulheres e homens.
Boas
práticas - Entre o conjunto de ações do Pró-Equidade,
destacam-se: desempenho do plano de ação com metas para combater as
discriminações de gênero e raça baseadas na realidade da empresa, monitoramento
das mudanças previstas e avaliação do cumprimento das metas e a certificação.
Com o selo Pró-Equidade de Gênero e Raça, a organização é reconhecida
publicamente pelas ações desenvolvidas no ambiente profissional formando um
conjunto de boas práticas capazes de destacar a empresa por praticar a
igualdade entre mulheres e homens e contribuir, dessa forma, com o
desenvolvimento mais igualitário do país.
O programa não concederá o selo para
empresas e organizações com denúncia de assédio que não foram apuradas. Também
não serão incorporadas ao programa empresas condenadas na justiça por uso de
trabalho escravo ou compulsório.
Em
suas quatro edições, o Programa conseguiu reunir práticas de igualdade que
formam um conjunto de ações de referência para enfrentar a desigualdade entre
mulheres e homens no espaço de trabalho: instalação de salas de aleitamento,
ampliação das licenças maternidade e paternidade, adoção de linguagem inclusiva
nos crachás e contra-cheques, adaptação de uniformes e equipamentos de proteção
individual, incentivo nos contratos de trabalho da empresa inclusive com
terceirizados à igualdade de gênero, raça e etnia, inclusão nos editais
de concursos públicos dos temas para igualdade de gênero e diversidade entre os
conteúdos programáticos, mudanças nos planos de carreira para incentivar que mais
mulheres atinjam os cargos de direção, entre várias outras.
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