A prática tem demonstrado que, em todos os campos, as mulheres precisam provar que são melhores que os homens para conquistar seu espaço. No futebol, não é diferente. A bandeirinha Fernanda Colombo Uliana pode ter errado, assim como, a princípio, também errou o árbitro principal, na arbitragem do jogo desse fim de semana em que o Cruzeiro foi derrotado por 2 a 1 pelo Atlético-MG. Ambos foram criticados pelo diretor de futebol do Cruzeiro, Alexandre Mattos. Entretanto, os comentários dirigidos à bandeirinha vieram impregnados de machismo e preconceitos contra as mulheres.
Conforme o Atlas do Esporte, 400 mil mulheres praticam o futebol regularmente no Brasil. Nos últimos anos, houve uma evolução importante das mulheres nessa modalidade, com apoio do Governo Federal. Mas as atletas e outras profissionais enfrentam preconceitos contra uma atuação mais decisiva delas em funções mais importantes, ou seja, como técnicas, gestoras e árbitras. E, com certeza, são principalmente essas as razões do tom e do conteúdo da censura recebida pela bandeirinha.
Errar é comum na arbitragem, o que influencia o resultado de jogos e competições. Mas não podemos admitir que as críticas dirigidas à assistente de arbitragem Fernanda não estejam baseadas exclusivamente em sua atuação profissional mas, sim, marcadas pelo preconceito e discriminação.
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