QUANDO: 28 de maio, às 13 horas e 30 minutos
ONDE: Centro de Integração do Mercosul
O tema violência contra a mulher
tem sido pauta das plenárias do CMDM e do GAMP já há alguns anos, revelando suas
diversas e diferentes facetas, identificadas a cada denúncia e relato, nas
falas das mulheres, hoje não tão intimidadas por estarem mais empoderadas de
seus direitos. Para oferecer um momento de reflexão sobre o tema da violência
obstétrica, baseados em diversos relatos preocupantes decidimos promover no dia
28 de maio, Dia Internacional da Luta
pela Saúde da Mulher e Dia Nacional da Redução da Morte Materna o I Seminário sobre humanização do nascimento.
O Governo
Brasileiro vem apoiando iniciativas de políticas públicas em defesa a saúde da
mulher desde 1983, quando implementou o Programa de Assistência Integral à
Saúde da Mulher (Paism) que foi impulsionada pelo movimento organizado de
mulheres. Com forte atuação no campo da saúde, o movimento de mulheres
contribuiu para introduzir na agenda política nacional questões até então
relegadas ao segundo plano, por serem consideradas restritas ao espaço e às
relações privadas. Tratou-se de revelar as desigualdades nas condições de vida
e nas relações entre os homens e as mulheres, os problemas associados à
sexualidade e à reprodução, as dificuldades relacionadas à anticoncepção e à
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a sobrecarga de trabalho das
mulheres, responsáveis pelo trabalho doméstico e de criação dos filhos. As
mulheres organizadas argumentavam que as desigualdades nas relações sociais
entre mulheres e homens se traduziam também em problemas de saúde que afetavam
particularmente a população feminina. Com a criação da política de Saúde Integral
da Mulher, passamos a compreender um novo conceito de atenção à saúde que tem
nas mulheres não mais objetos reprodutivos e sim sujeitos ativos no cuidado de
sua saúde, em todos os ciclos da vida e para quem a reprodução é um direito e
não dever ou determinismo biológico.
Ao longo dos
anos os planos de ação da saúde foram ampliados de modo a incluir grupos
historicamente alijados das políticas públicas, nas suas especificidades e
necessidades. Entre elas, as mulheres lésbicas, bissexuais, no climatério, as
mulheres do campo e da floresta, as índias, as negras, as quilombolas, as que
vivenciam a transexualidade, mulheres em situação de prisão, mulheres com
deficiência, as que vivem em situação de rua e as ciganas.
Com base nas
diretrizes do terceiro capítulo do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres
(2013/2015), “Saúde integral das mulheres, direitos sexuais e
direitos reprodutivos” e cientes dos objetivos do Conselho em estabelecer, sempre que
possível, um canal de comunicação para dar transparência as políticas municipais
sobre as questões de gênero, realizaremos o
“I Seminário
sobre humanização do nascimento", provocando o
debate e visando articular novas leituras e ou propostas para as práticas desta
área, que podem viabilizar novas políticas ou fortalecer o que já existe na área da Saúde
Integral da Mulher. Em 2015 vamos ter novas conferencias e oportunidade de
adequar as ações referentes a Saúde Integral da mulher.
Criaremos o fato
para registrar a demanda, com base em comentários e estatísticas reveladas na mídia. A abordagem deve conferir
relatos, analisar os dados, buscar formas
de amenizá-las, informar e mobilizar a sociedade para qualificar o controle das
ações efetivas e o acesso à saúde de qualidade, por todas as mulheres.
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