No Outubro Rosa,
movimento mundial surgido na década de 90 em Nova York para conscientização
sobre o câncer de mama, as mulheres gaúchas são alertadas para a importância da
realização da mamografia e do exame clínico para o diagnóstico precoce do
câncer de mama a partir dos 40 anos. Enquanto nos demais estados do Brasil a
mamografia é indicada a partir dos 50 anos, o Rio Grande do Sul definiu, por
lei estadual, que o rastreamento da doença deve iniciar aos 40.
Segundo o coordenador da
Seção da Saúde da Mulher da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Fernando
Anschau, esta alteração na faixa etária para a realização da mamografia foi
motivada pelos dados e estatísticas da doença. "As gaúchas com 40 anos ou
mais representam 36% do total de casos de câncer de mama", justifica.
A mamografia é a
radiografia da mama e permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de
mostrar lesões em fase inicial. O diagnóstico precoce é uma estratégia que
contribui para a redução do estágio de apresentação do câncer.
"Quando
identificado em estágios iniciais, o câncer tem um prognóstico mais favorável e
elevado percentual de cura", complementa Anschau. O primeiro passo é
procurar o serviço de saúde mais próximo, onde os exames serão solicitados e
encaminhados aos locais para a realização.
Ampliação de mamografias
O Rio Grande do Sul
possui mais de 250 mamógrafos, sendo 123 do Sistema Único de Saúde (SUS).
"A Organização Mundial da Saúde prevê um mamógrafo para cada 240 mil
habitantes. No Estado, temos 50 mamógrafos para cada 240 mil, isto quer dizer
que temos mamógrafos suficientes", informa Anschau. "O nosso desafio
é fazer cada gaúcha com mais de 40 anos chegar a fazer o seu exame de dois em
dois anos", ressalta o coordenador da Saúde da Mulher.
Desde 2008, o Rio Grande do Sul conta com um programa de qualidade das mamografias, conduzido pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, administrado pela SES, com resultados positivos ao longo dos últimos anos no controle da qualidade dos serviços que oferecem os exames.
Desde 2008, o Rio Grande do Sul conta com um programa de qualidade das mamografias, conduzido pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, administrado pela SES, com resultados positivos ao longo dos últimos anos no controle da qualidade dos serviços que oferecem os exames.
Os registros sobre a
realização de mamografias pelo SUS no RS apontam uma ampliação desde 2010,
quando foram realizados 280 mil exames. O número foi de 316 mil em 2011 e de
330 mil no ano passado. Em 2013, só no primeiro semestre, foram 197 mil exames,
devendo chegar a 400 mil este ano.
De acordo com o Instituto
Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é considerado um dos mais
agressivos e o segundo tipo mais frequente no mundo. No Brasil, as taxas de
mortalidade por este tipo de câncer continuam elevadas, provavelmente porque a
doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. No Rio Grande do Sul,
anualmente são registrados 80 casos para cada cem mil mulheres, sendo o câncer
de mama a causa do óbito de mais de 1,1 mil mulheres por ano no RS.
Sintomas
Podem surgir alterações
na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no
mamilo, ou aspecto semelhante à casca de laranja. Secreção no mamilo também é
um sinal de alerta. O sintoma do câncer palpável é o nódulo (caroço) no seio,
acompanhado ou não de dor mamária. Podem também surgir nódulos palpáveis na
axila.
A mamografia é um exame deve ser repetido de dois em dois anos.O diagnóstico precoce do câncer de mama permite intervenção oportuna e tratamentos menos mutiladores. Segundo o Inca, quando diagnosticado precocemente, há até 95% de chance de cura.
A mamografia é um exame deve ser repetido de dois em dois anos.O diagnóstico precoce do câncer de mama permite intervenção oportuna e tratamentos menos mutiladores. Segundo o Inca, quando diagnosticado precocemente, há até 95% de chance de cura.
Desde o dia 2 de
outubro, o Palácio Piratini está todo iluminado de rosa a fim de alertar para o
combate e à prevenção do câncer de mama. A iniciativa é uma parceria das
Secretarias de Políticas para as Mulheres, da Saúde e do Instituto de
Previdência do Estado. A iluminação cor de rosa remete à cor do laço que
mundialmente simboliza a luta contra o câncer de mama. No Brasil, a ação
acontece desde 2002, quando um grupo de mulheres simpatizantes à causa da
prevenção do câncer de mama iluminou o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo.
Texto: Assessoria da Seção da Saúde da Mulher
da Secretaria Estadual da Saúde
Foto: Priscila da Silva
Edição: Redação Secom (51) 3210 4305
Foto: Priscila da Silva
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